terça-feira, 19 de abril de 2016

Limite de dados na Internet fixa (Zero Hora, 19/04/2016)


Algumas das principais operadoras de conexão à Internet do país divulgaram, recentemente, que passarão a incluir, em seus contratos, um limite máximo para o volume de dados mensais que trafegam na “conta” de um determinado usuário. Tradicionalmente, o serviço das "teles" limitava-se à venda de acesso à Internet, em uma determinada velocidade, que poderia variava de plano para plano. Com a mudança anunciada, entretanto, a qualidade do acesso (velocidade) de determinado usuário poderá variar de acordo com o tráfego de dados, eis que, uma vez atingido o limite máximo do volume previstos em sua franquia, o acesso do usuário poderá ser imediatamente suspenso ou reduzido a uma velocidade inferior. 

O anúncio casou um verdadeiro alvoroço na sociedade civil, que entende tratar-se de um retrocesso. Como medida de mobilização para barrar o avanço da proposta de limite de dados, uma petição pública, que cotan, atualmente, com 1,5 milhões de assinaturas. As operadas, entretanto, justificam que a alteração será benéfica ao usuário. Para evitar que o consumidor seja lesado, diversos órgãos de defesa do consumidor já estão tomando as medidas necessárias. Entretanto, a Anatel se posicionou, recentemente, através de seu presidente, o Sr. João Rezende, afirmando que a era da banda larga fixa ilimitada chegou ao fim. E, mais, ainda na data ontem, a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, através de seu presidente, o Senador Lasier Martins, protocolou requerimento de audiência pública para "discutir  o  limite  ao  uso  de  dados  de  banda  larga  do  tipo  ADSL,  a  ser  implementado pelas operadoras a partir do ano de 2017". 

Para conversar sobre o futuro (incerto) de nossa Internet fixa, estive, hoje, na redação do Jornal Zero Hora, para bater um papo com a repórter Fernanda da Costa, e responder perguntas dos internautas que enviaram suas dúvidas. O programa foi transmito ao vivo, através do https://www.facebook.com/zerohora, mas já está disponível para visualização e compartilhamento.



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