segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Albert Camus

Adoro a obra de Albert Camus. Esta é uma das mais magníficas passagens de sua obra, em O Estrangeiro.
Espero que gostem!

“Caminhamos ao encontro do amor e do desejo. Não buscamos lições, nem a amarga filosofia que se exige da grandeza. Além do sol, dos beijos e dos perfumes selvagens, tudo o mais nos parece fútil. Quanto a mim, não procuro estar sozinho nesse lugar. Muitas vezes estive aqui com aqueles que amava, e discernia em seus traços o claro sorriso que neles tomava a face do amor. Deixo a outros a ordem e a medida. Domina-me por completo a grande libertinagem da natureza e do mar.
Nunca conseguira arrepender-me verdadeiramente de nada. Assaltaram-me as lembranças de uma vida que já não me pertencia, mas onde encontrara as mais pobres e as mais tenazes das minhas alegrias: cheiros de verão, o bairro que eu amava, um certo céu de entardecer, o riso e os vestidos de Marie.
Respondi que nunca se muda de vida; que, em todo o caso, todas se equivaliam, e que a minha, aqui, não me desagradava em absoluto.
- Não, não consigo acreditar. Tenho certeza de que já lhe ocorreu desejar uma outra vida.
Respondi-lhe que naturalmente, mas que isso era tão importante quando desejar ser rico, nadar muito de pressa ou ter uma boca mais bem feita. Era da mesma ordem. Mas ele me deteve e quis saber como eu imaginava essa outra vida.
Então gritei:
-Uma vida na qual me pudesse lembrar desta vida.
Também me sinto pronto a reviver tudo. Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperanças, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu me abria pela primeira vez à tenra indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que fora feliz e que ainda o era.” (O Estrangeiro)

A verdadeira moral da história - Superinteressante

A verdadeira moral da história - Superinteressante

Será que existe um VERDADEIRA moral da história? Acredito que não. Todo o leitor cria a história da medida que a lê! Sem o leitor não existe história. Antes do leitor não existe verdade. A história nasce na interação com o leitor. Então não existe uma "verdadeira moral da história". Quem dá a moral da história é cada indivíduo. Não vamos aprisionar os leitores, não acham?

Além do mais, será que esta psicologia, com seus caldos de racionalidade moderna, consegue dar conta de explicar o complexo coração de uma mulher? Acho que não! Chega de reducionismo. A pretensão da Ciência pode extrapolar seus limites, inclusive tentando me convencer que coisas banais do dia-a-dia, tais como correr, comer, respirar, desenhar, ler, etc, eu não sabia fazer antes de um especialista me ensinar. Mas, desde que não tente tocar seu gélido conhecimento na seara do coração! Por que aí vai ter briga feia!!

Movimentos Feministas.

Gostaria de deixar claro, de início, que não sou contra os Direitos das Mulheres. Na mesma medida, não me considero machista (aceito opiniões em contrário). Acredito, ademais, que o Feminismo logrou enormes vitórias na luta pelos Direitos das Mulheres, como o voto, igualdade, etc, em um contexto em que eram absolutamente subjugadas, não só pelo homem, mas por toda a sociedade (incluindo outras mulheres). Entretanto, tanto quanto o movimento Punk, Hippie, etc, deve ser tratado como um fato histórico, uma peça de museu.
Vivemos atualmente em um ambiente cosmopolita e absolutamente plural. Acreditar que as mulheres ainda sejam alvo de uma moral machista, como ocorria no início do século, é questionável, mas sou cético a respeito. Acredito que vivemos em um ambiente onde o Direito das Mulheres é respeitado, não obstante é intensamente regulamentado e protegido (possuindo delegacias específicas para sua proteção), bem como todo um aparato estatal a seu inteiro dispor.
Não tenho dados científicos a embasar meus argumentos, mas acredito que o movimento Feminista é um dos grandes responsáveis pelo aumento do homosexualismo. Antes de me julgarem, adianto que sou heterossexual, mas um defensor dos Direitos das relações homoafetivas, aqui incluindo seus Direitos afetivos e patrimoniais. Além do mais, em uma sucinta analisada nas famílias formadas por gays, vislumbra-se um enorme respeito entre eles, bem como são fontes dos relacionamentos mais duradouros que conheço.
Minha crítica é direcionada aquelas mulheres que na mesma medida que integram movimentos Feministas, reclamam do constante aumento do número de homossexuais. Minha crítica é direcionada aquelas mulheres que perdem noção, abdicam na beleza de ser mulher para travar uma batalha inglória contra um inimigo inexistente.
Homens e mulheres são biologicamente e psiquicamente diferentes. Esta diferença é que traz a beleza do homem endeusar uma mulher. De querer proteger esta mulher, cuida-la bem, ama-la, trata-la como uma verdadeira Rainha. Entretanto, hoje em dia, as mulheres não querem mais ser protegidas. Elas querem se proteger. Elas não querem mais ser amadas. Elas tem amor próprio. Elas não querem ser Rainhas, porque elas não acreditam mais em um Príncipe encantado. O que é uma pena, porque ainda existem muitos Príncipes por aí procurando uma Rainha para governar sua mente e levar seu coração para as nuvens.

Rainhas, não desistam de procurar seus príncipes. A graça não é achar, mas continuar procurando!!