Certa
vez, percebendo a enorme angústia e dificuldade que algumas pessoas nutriam em
utilizar tão fantástica e revolucionária tecnologia, que é o Elevador, resolvi
escrever um texto, neste blog, intitulado: “Como usar um
Elevador...”. O texto, que nasceu como uma singela tentativa de auxiliar
certas pessoas a utilizarem um Elevador, virou líder de acessos! Hoje, é o
texto mais acessado do Blog, objeto de inúmeras buscas orgânicas no Google e,
por certo, tem auxiliado muitas pessoas em suas vidas, principalmente aquelas
que trabalham ou residem em grandes arranha-céus, e dependem de um elevador
para sua locomoção diária.
Fico,
sinceramente, feliz em estar contribuindo para o bem- estar de meus leitores!
Nesta
mesma senda, de coisas simples da vida, mas que a escola não nos ensina, decidi
trazer à baila o assunto sobre o funcionamento de um Buffet. Tenho percebido, ao me deslocar para o diário
e sagrado almoço, que algumas pessoas possuem sérias dúvidas a respeito de como
funciona a sistemática de serviço em um Buffet de Restaurante. São tantas
opções de pratos reunidas, que algumas pessoas caem em crises existenciais diante
de um Buffet.
Hoje,
por exemplo, uma Senhora, aparentando pouco mais de 40 anos, lançou mão de um
prato vazio na ponta do Buffet e começou sua jornada de serviço, que,
normalmente, inicia-se pelas saladas, terminando-se nos pratos quentes. O que
poderia parecer uma simples questão, colocar alimentos no prato e se sentar
para desfrutar de um momento de prazer alimentar, tornou-se uma estressante e complicada
decisão, quase vital, para essa pessoa! Qual folha de alface escolher? As mais
de cima ou as mais de baixo? As lisas ou as crespas? São tantas opções... Passados
quase 30s, essa simpática Senhora, ainda, não havia conseguido começar a se
servir, acabando por atrapalhar o perfeito andamento da fila.
Se
você é uma dessas pessoas, que entra em
crise existencial ao se deparar com um Buffet de Restaurante, este texto é para
você!
Atenção:
não pretendo lançar, aqui, qualquer dica de nutrição ou saúde, pois extravasa o
meu conhecimento. O objetivo deste texto é simplesmente contribuir para que
você não entre em crise existencial e acabe petrificado diante dos réchauds do
Buffet, e possa transformar esse momento de estresse em um momento de prazer.
Pois
bem, vamos lá! Partindo do início, a primeira coisa que se deve ter em mente,
ao ingressar em um restaurante que possui serviço de Buffet, é que as opções de
refeição serão as mais variadas. Sob pena de não conseguir levar adiante seu
almoço, petrificada pela dúvida, tenha em mente ao chegar à ponta inicial do Buffet, com um prato vazio
em mãos, o que você gostaria de desfrutar em seu almoço. Tratando-se de um
Buffet, minimamente razoável, aposto que o restaurante atenderá sua
expectativa.
Mentalizar
o serviço, no Buffet, é muito importante! Com isso, evita-se a incerteza
momentânea de não saber o que servir, bem como a criação de filas a sua volta,
e o estresse nos demais clientes por estarem esperando uma pessoa, que entra em
crise existencial ao se deparar com uma bacia de alface. Então, sirva-se! E, lembre-se:
você não irá conseguir, por mais que se esforce colocar um pouco de cada uma
das opções que o Buffet possui em seu prato. Portanto, seja honesto consigo
mesmo e mentalize uma combinação de alimentos que seja viável, e caiba no
diâmetro do prato.
Uma
vez mentalizado o seu prato servido,
além de animar suas papilas gustativas, você já irá conseguir descolocar-se, de
forma certeira, aos réchauds que são do seu agrado, e não há mais o que temer!
Basta apoderar-se da colher, inserir no alimento, e, gentilmente, colocá-lo em
seu prato.
Todavia,
um detalhe: ir direto e certeiro aos réchauds de sua preferencia não lhe
permite furar filas! Se você não é adepto de práticas pouco saudáveis, e
costuma pular o setor das saladas, isso não lhe permite atravessar na frente da
fila para ir correndo às batatas fritas.
Há
uma ordem no Buffet. O serviço funciona em uma fila “indiana” e possui um fluxo
certeiro. Se você aguardar, pacientemente, em seu lugar na fila poderá ficar de
frente com todas as opções que o restaurante tem a lhe oferecer, sem a
necessidade de furar filas. Entre o medo da incerteza, e o ímpeto de ir direito
aos réchauds de sua preferencia, deve haver um meio termo!
Mas,
tudo bem, retornemos uns passos atrás, ao ponto principal deste texto: a
relação réchaud x cliente, que é o foco de maior complexidade nesta empreitada
de se servir em um Buffet.
Pode
parecer fácil para a maioria das pessoas, mas há quem sinta enormes
dificuldades em, por exemplo, apoderar-se do pegador de carnes e escolher qual
pedaço colocar no prato. Pensando, exatamente, nessas pessoas, bem como no fato
de que se requer um conhecimento mais elevado para escolher um pedaço de carne,
é que os restaurantes criaram um setor especial de grelhados. Lá, basta
solicitar ao atendente um pedaço de carne, que ele irá escolher a melhor opção
para você. Ah, não se esqueça de dizer ao atendente o ponto da carne: mal
passada, no ponto ou bem passada!
Por
fim, lembre-se, que em qualquer hipótese, você não estará tomando a decisão
mais importante da sua vida. Se, por acaso, acabar não escolhendo a melhor
folha de alface do Buffet, ainda assim estará fazendo uma boa escolha. Da mesma
forma, se não conseguir experimentar determinado prato, no dia seguinte outra
opção igualmente deliciosa estará lá a sua espera. A sua agenda do dia pode ter
sido dedicada, exclusivamente, para decidir o que comer no almoço, mas aposto
que outras pessoas talvez tenham outros compromissos marcados.
Espero
que, com essas dicas, os leitores deste Blog possam desfrutar de momentos de
maior prazer em seus almoços, sem serem acometidos por estresse ou sem
estressar os outros clientes, a ponto de um deles escrever um texto em um Blog,
a respeito de como funciona um Buffet de Restaurante.
Melhor
sorte para todos, amanhã!
* Texto em homenagem ao meu pai, Celso
Esteves, grande questionador da “complexa missão “ de se servir em um Buffet.